terça-feira, 23 de julho de 2013

SOS-SAÚDE BRASILEIRA

Eu realmente não me sinto mais sozinha! E sabem por que? Vinte longos anos questionando o descaso com a Saúde Pública e hoje, acompanhando nossos profissionais da saúde "abrindo a boca" e gritando contra o abandono e o descaso em todas as Unidades de Saúde, Hospitais Públicos, Pronto Socorros, mostrando as MAZELAS enfrentadas diariamente, então repito: Não me sinto mais só, na minha lutas contra as EPIDEMIAS de DENGUE, LEISHMANIOSE etc...
Leia este artigo do site SOS-SAÚDE BRASILEIRA! 
Beatriz

Uma imagem vale mais do que mil palavras. Manifesto dos médicos hoje:

"Talvez as imagens choquem. Mas precisamos de mais. Seria inviável na prática que cada profissional de saúde chame um cidadão de fora da área para viver com ele "um dia de SUS, nos bastidores do atendimento"?
Todo mundo já foi paciente um dia, mas poucos já foram a mão que cuida. Mostrar como é na pele estar no SUS. As maravilhas de um bom atendimento mesmo com a falta de estrutura, e as situações caóticas que passamos todos os dias.Acho que falta um choque de realidade nas pessoas.
Eu, antes de entrar na faculdade e viver o SUS todos os dias, não entendia na prática o que é falta de estrutura. É mais do que a fachada não ser pintada, é mais do que infiltração e mofo na parede. É mais do que ter que levar papel higiênico, sabonete e folha pra secar a mão, que eu levo, na policlínica (!!!).
É chegar uma criança com diarreia  desidratada e eu prescrever soro oral na Unidade (o que chamamos de Plano B ), como está escrito no livro, mas não ter copo pra criança beber, e eu ter ido comprar na feira do lado. Já fiz isso. Quem nunca?
 É ter uma paciente pós parto, e não ter ocitocina que trata uma hemorragia de um útero que não contrai, pra voltar ao normal. Indicar a cirurgia para o paciente fazer em até três meses, e viram anos, porque a secretaria de saúde não manda verba para o funcionamento das operações, como um ambulatório de cirurgia bariátrica (de obesidade) ter de ser fechado, porque o governo não financia.
E o que sai no jornal é que não estão operando pela falta de médicos. (Falta o governo pagar o serviço e comprar os materiais! mas isto não sai) É todos os dias fazer diferente do que você aprendeu, porque a realidade (leia-se DESCASO) é outra. Isso é humanizar o profissional? Não. Isso é forçá-lo a aceitar a situação, e trabalhar com miséria de estrutura. Ou mesmo, SEM estrutura. Quem perde é a população atendida e o profissional que a atende.E dizem que humanizar o médico é colocá-lo em um local sem condições. Já fazemos isso todos os dias. Aprendemos duas medicinas: a do livro que é preconizada no mundo inteiro, e a da prática do Brasil.
Será que fazer "um dia de SUS comigo" ajudaria? Porque se eu e você não mostrarmos, a Globo é que não vai. Talvez assim vissem como sobra gente com boa vontade, que trabalha muito, que é sim humano, que chora que vive que sofre junto, diferente dos lixos de profissionais que passam na TV (todo lugar tem sua fruta podre) que são o que dão ibope, e que não nos representam." SOS Saúde Brasileira.

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