Esta publicação não é recente mas é esclarecedora! A farra com o dinheiro público é uma coisa absurda! Bialopes
18/12/2011 - "Ontem,
com toda a pompa, o ditador assassino Raul Castro visitou o Puerto de
Mariel(vídeo), em Cuba, para acompanhar o bom andamento das obras, pois
dinheiro é o que não falta. A obra é da Odebrecht, totalmente financiada pelo
BNDES, a um custo de U$ 300 milhões. Esta é a cifra para consumo interno, aqui
no Brasil. Segundo fontes oficiais de Cuba, as instalações de Mariel poderá
chegar a U$ 800 milhões de dólares. Investimento brasileiro.Para os portos
brasileiros, pelo PAC 2, de 2011 a 2014, estão previstos investimentos de pouco
mais de U$ 300 milhões. O que justifica enviar dólares para Cuba e perder
dólares em nossas exportações por falta de infra-estrutura portuária no Brasil?
É ou não é
necessária uma CPI do BNDES já? E se deste dinheiro algum amigo de Fidel
embolsasse, por exemplo, 20%, 30%? Alguém descobriria? Ou a corrupção cubana é
menor do que a brasileira?
Da Folha de São
Paulo de hoje, sem citar a obra em Cuba:
A exportação de
obras de construtoras brasileiras explodiu nos últimos dez anos. O desembolso
de financiamentos do BNDES para obras de empreiteiras brasileiras no exterior
aumentaram 1.185% entre 2001 e 2010, passando de US$ 72,897 milhões para US$
937,084 milhões. No governo Lula, que usou a diplomacia presidencial para abrir
mercados para empresas brasileiras na África e América Latina, o crescimento
foi de 544%. Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa
tiram uma parcela cada vez maior de seu faturamento de obras feitas em países
como Venezuela, Peru, Angola e Moçambique.
"O banco
financia obras de infraestrutura desde 1997 e jamais houve uma demanda tão
grande para projetos no exterior", diz Luciene Machado, superintendente de
comércio exterior do BNDES. "Antes isso se restringia à Odebrecht, mas
agora vemos todas as empreiteiras fazendo uma opção pela
internacionalização", afirma. Ela prevê que os desembolsos devem chegar a
US$ 1,3 bilhão neste ano, uma alta de 38% em relação a 2010. Já há contratos
para construção de uma hidrelétrica na Nicarágua e hidrelétricas e gasoduto no
Peru, que devem começar a ter desembolsos em breve.
Os desembolsos do
BNDES não são os únicos indicadores do aumento das exportações das
empreiteiras.Segundo dados do Banco Central, ao lado de exportação de serviços
de tecnologia de informação, construção e engenharia estão entre os que mais
crescem. De acordo com o BC, as exportações das empreiteiras entram em duas
categorias -exportações de serviços de construção ou de engenharia, ou
investimento brasileiro direto (IBD). O IBD em infraestrutura e construção de
edifícios cresceu de US$ 194 milhões em 2006, primeiro ano pesquisado, para US$
455 milhões em 2010, uma alta de 186%. Já as exportações de serviços de
construção e engenharia cresceram de US$ 1,8 bilhão em 2003 para US$ 5,7
bilhões em 2010; alta de 208%.
Esses dados
subestimam o valor real das exportações. Segundo o BC, muito do investimento
brasileiro direto é feito a partir de reinvestimento de lucros auferidos no
exterior, que as empreiteiras não internalizam, por isso não entram na
estatística. Já nos números de exportação de serviços de construção e
engenharia entram apenas os projetos de curta duração.
O esquemão é
perfeito. Vejam a segunda parte da matéria.
As empreiteiras
brasileiras começaram sua expansão na América do Sul, mas hoje têm presença
cada vez maior na América Central e na África. E a diplomacia presidencial foi
um dos principais instrumentos para abertura de mais mercados. O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva se juntou ao presidente cubano, Raúl Castro, em 2010,
para inaugurar as obras da Odebrecht no porto cubano de Mariel, com
financiamento de cerca de US$ 300 milhões do BNDES. Ele visitou várias obras da
construtora em Angola, junto com o presidente angolano, José Eduardo dos
Santos.
"E, mesmo fora da
presidência, Lula continua fazendo promoção comercial. Recentemente esteve na
Bolívia e teria discutido com o governo problemas em uma estrada em construção
pela OAS e financiada pelo BNDES".
As negociações dessas exportações de obras de
infraestrutura normalmente envolvem governos.Isso porque as vendas de obras ao
exterior são feitas sempre em um pacote, que geralmente inclui o financiamento
do BNDES. "Levamos junto o financiamento do BNDES para a obra, e o banco
estipula que 85% dos produtos e serviços do projeto precisam vir do
Brasil", diz Mauro Rehm, gerente-geral da Odebrecht Logística e
Exportação.
Segundo Rehm, em
2009 e 2010, só nesses serviços e bens acoplados, sem incluir as construções, a
Odebrecht exportou US$ 2 bilhões. Hoje, 58% da receita da Odebrecht Engenharia
e Construção vêm do exterior. "É importante o governo brasileiro fazer
meio de campo para obter contratos; e é natural, todos os governos fazem",
diz Luciano Amadio, presidente da Associação Paulista de Empresários e Obras
Públicas (Apeop). Para Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de
Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização, a internacionalização das
empreiteiras mostra maior competitividade.E é vantajoso para o país, porque se
trata de exportação de maior valor agregado".
Fonte:
http://coturnonoturno.blogspot.com.br
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