terça-feira, 5 de março de 2013

Quebra-molas é retrocesso

Publico aqui o excelente artigo do escritor Orlando Sabka, que trata de um assunto importante e relegado pelas autoridades municipais!

Beatriz



Quebra-molas é retrocesso

Infelizmente em Rondonópolis ainda temos uma enxurrada de quebra-molas/lombada na maioria dos bairros. Todos eles, além de ser um retrocesso em termos de segurança no trânsito, foram construídos fora de medida, se tornando algo perigoso para os motoristas e motociclistas, além de poucos terem a placa de sinalização na proximidade.

Por exemplo, no Bairro Colina Verde existem alguns quebra-molas sem nenhuma serventia e sem placa de sinalização. Um transtorno para quem por lá trafega. Outro exemplo de inutilidade é o quebra-molas existente à Rua Otávio Pitaluga, após o Rio Arareau, sentido bairro centro. Uma verdadeira arapuca aos motoristas e motociclistas, pois foi construída fora dos padrões exigidos por lei e muito próxima à ponte, sem a devida necessidade, uma vez que aproximadamente 50/60 metros adiante tem um semáforo, junto à Av. Don Wunibaldo.

De acordo com a resolução 39 do CONTRAN, existem dois tipos de tamanho de lombadas. No tipo 1 as medidas são 8 cm de altura, 1,5 m de largura e no tipo 2 (a ideal) 10 cm de altura por 3 metros de largura, ambos com o comprimento igual a largura da rua e ou avenida.

De modo geral as lombadas atrasam ambulâncias e bombeiros para um deslocamento rápido, como também, se mal construídas, como de costume, danificam caminhões, automóveis e motos, pondo em risco de morte seus ocupantes. É claro que devemos proteger também os pedestres. Para tanto se deveriam implantar mais semáforos e lombadas eletrônicas e não exigir dos governantes municipais mais quebra-molas que, no nosso entendimento, deveria ser extintos, de modo a proteger pedestres e condutores de veículos. Em locais estratégicos se faz necessárias rotatórias, como é o caso da MT 270, próximo da Avenida Don Pedro II, para o devido acesso aos Bairros Colina Verde, Nova Colina, Terra Nova e demais conjuntos habitacionais na grande região da Sagrada Família, de modo a desobstruir o meio dessa importante rodovia dos blocos de concreto ali colocado sem um devido estudo ou diálogo com os moradores desses bairros, que são penalizados diariamente para voltarem para seus lares, dando voltas e mais voltas por outros bairros e avenidas, perdendo tempo, gastando mais combustível, além do incômodo que causa.

Outro monstrengo foi construído defronte ao Supermercado Big Master, junto à Av. Fernando Correa da Costa, ocasionando congestionamento diário, além de por em risco de acidente motoristas, motociclistas e pedestres. Uma aberração não da natureza, mas de uma engenharia mal elaborada às pressas, com fim de resolver uma situação emergencial, mas o tiro saiu pela culatra e, como sempre, nós pagamos a conta. Muitos bairros são penalizados por falta de semáforos e, muitas vezes, de uma simples rotatória. Tudo se resume em gestão responsável com pessoas capazes, planejamento sério e sua devida implantação. Confiamos na atual gestão pública e cremos que esses e outros problemas sejam solucionados.

O que dizer da construção da passagem urbana de Rondonópolis que se arrasta por alguns anos e que já consumiu dezenas de milhões de reais e nada, absolutamente nada de se vislumbrar o seu término. Nada de ficarmos de braços cruzados, afinal é o nosso dinheiro dos impostos que está sendo torrado. Responsabilidades devem ser apuradas.

Queremos um trânsito moderno que possa fluir normalmente, cuja segurança de todos esteja em primeiro lugar, pois Rondonópolis tem obrigação de servir de modelo para o Estado de Mato Grosso, pois é uma das principais cidades do Estado, talvez a mais pujante e um bom exemplo é sempre bem-vindo.

Nos países adiantados, considerados primeiro mundo (Estados Unidos, Canadá, Japão e países europeus), quebra-molas há décadas deixou de existir. Em seu lugar existem rotatórias, semáforos e lombadas eletrônicas.

Por que não implantar esses sistemas em nossa cidade, ao invés de se construir mais quebra-molas, como algumas pessoas assim desejam, principalmente junto aos bairros mais afastados do centro de nossa cidade? Precisamos avançar e não retroceder. Quebra-molas é atraso de vida, é não proporcionar qualidade de vida e segurança para nossa gente, seja pedestre, motorista ou motoqueiro. Queremos sempre o melhor para nossa cidade. Vamos eliminar os quebra-molas e implantar semáforos e lombadas eletrônicas e, dentro da necessidade, várias rotatórias, pois seu custo é relativamente baixo e fácil de ser implantado.

                                                           ORLANDO SABKA

          Rondonópolis/MT, fevereiro de 2013.

Um comentário:

  1. Além de não conhecer nenhuma vantagem para pedestres ou motoristas e motociclistas,sabemos dos riscos e dos muitos acidentes provocados pelos perigosos quebra-molas espalhados pela cidade...

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