Leia mais este excelente artigo de Orlando Sabka
A Correia do Norte, país comunista e fechado para o
mundo há 50 anos, segue uma doutrina do culto aos líderes de maneira cega e
teleguiada. Jornais, rádios e TVs são controlados pelo Estado, cujo fanatismo é
extremado. A população é pobre, passa fome e com pouca ou quase nenhuma cultura.
No entanto desenvolvem testes com foguetes que possivelmente podem alcançar o
Ocidente, no caso específico os Estados Unidos, pois já dominam a fabricação da
bomba atômica. Os custos são elevados, mas, para o regime, é mais importante do
que alimentar o povo e promover educação.
Romperam há poucos dias o acordo de não agressão com
a Correia do Sul, firmado há cinco décadas, como também romperam o contato
telefônico direto com o governo do sul, tornando a Ásia um potencial campo de
guerra nuclear, onde envolveria parceiros como a China e Rússia e, em contra
partida a Correia do Sul tem como maior parceiro os Estados Unidos, tanto
comerciais, como de defesa com armas também nucleares. As sanções da ONU sobre
a Correia do Norte, ao que parece, vão tornar aquela região ainda mais
explosiva. Em contra partida o país comunista, numa demonstração de força,
realizou mais um teste nuclear de longo alcance, numa clara provocação e ou
intimidação a fim de obter algum tipo de vantagem.
A Europa, com algumas poucas exceções, numa clara
recessão, com milhões de desempregados, cujos governos, ao longo de décadas,
gastavam mais do que arrecadavam e literalmente quebraram, a exemplo da Grécia,
Espanha, Portugal e outros, mas os banqueiros continuam firmes como rocha,
dando suas cartas ao redor do planeta. Aqui no Brasil, então, um verdadeiro
paraíso, jamais sonhado.
No Oriente Médio, os conflitos são uma constante, mas
em alguns países árabes tenta-se respirar bons ares de democracia, com exceção
da Síria, que continua a matar seu povo que se rebelou contra o regime. Em um
ano e meio de lutas internas, mais de 70 mil pessoas foram mortas e, enquanto
isso, China e Rússia vendem armas ao governo Sírio, e, em contra partida, os
Estados Unidos, França e Inglaterra abastecem os rebeldes, de modo que estes
senhores da guerra e da morte faturam bilhões de dólares, encastelados em
suntuosos palácios, tomando uísque escocês e fumando charutos cubanos.
O que dizer da eterna luta entre palestinos e
israelenses, onde os interesses de ambos os lados falam mais alto, de modo que,
na realidade, ninguém cede um milímetro, prevalece à desconfiança, e os ódios
se sobrepõem à razão em muitos casos. Atentados fazem parte do dia a dia em
Israel, principalmente na região de fronteira e as represálias são duras e
cruéis. Não existe o estender de mãos. Fraternidade, então, é uma utopia. Povos
que poderiam viver em paz, mas a paz soa muito distante, principalmente quando
apenas um lado tenta buscá-la. Paira na região a promessa do presidente do Irã
de varrer Israel do mapa, pois estão também desenvolvendo artefatos atômicos. O Estado de Israel, cercado por países árabes,
sente-se encurralado e se obriga a uma vigilância 24 horas por dia, com
tecnologias das mais modernas, em face dos constantes atentados e ameaças de
extermínio. Em seu arsenal militar constam bombas atômicas. A paz relativa está
por um fio, se rompida às conseqüências serão terríveis.
Na África, em alguns países, as matanças de cristãos
por muçulmanos fanáticos são uma constante, onde a intolerância religiosa é
extremada. Na Venezuela, com a morte do presidente Chávez, que dominou aquele
país com mão de ferro durante 14 anos, controlando a imprensa escrita, falada e
televisionada, alienou grande parcela da população. A oposição terá uma missão
quase impossível de desmistificação e implantar uma verdadeira democracia, caso
consiga vencer as eleições programadas para o mês de abril próximo. Incertezas
na Bolívia, Argentina e Equador, por exemplo, torna a região intranqüila.
No Vaticano, há um mês, o papa Bento XVI, num ato
histórico, renunciou ao papado, cujos motivos anunciados são os mais diversos
(idade avançada, doença, cansaço, envolvimento de padres com pedofilia, suposta
lavagem de dinheiro do Banco do Vaticano, etc. e etc.), dentre eles também a
publicação de “segredos de Estado” que vazaram e foram publicados na Internet.
Não conseguimos entender o porquê de a Igreja manter segredos, pois religião
deve ser transparente e cristalina e não mantida a sete chaves. A Igreja deve
explicações a seus 1,2 bilhões de fiéis. Que o papa a ser eleito e empossado
possa realizar essa façanha de transparência e que a Igreja siga em frente em
sua missão de evangelizar, segundo as palavras de Jesus Cristo, dentre elas
“amar ao próximo como a ti mesmo”.
Aqui no Brasil a bandidagem tomou conta das ruas e
das prisões. Os governos estaduais, por incompetência e/ou má gestão, não
instalam bloqueadores de celular nas prisões, de onde saem às ordens de
assaltos a bancos, assassinatos de policiais, queima de ônibus e assim por
diante. Nossas leis penais estão falidas. Por exemplo, um assassino é condenado
há vários anos de prisão e sai pela porta da frente do fórum onde foi julgado,
para recorrer da sentença em liberdade em várias instâncias, que pode durar
mais de uma década, defendido por hábeis advogados, pelo fato de dispor de vasta
reserva financeira, os processos permanecem mofando anos a fio nas prateleiras
dos cartórios judiciais, permitindo que o cidadão comum não veja com bons olhos
fatos dessa natureza e passa a não acreditar mais na Justiça, pois o Estado
beneficia o marginal ao invés de puni-lo exemplarmente.
A situação brasileira em termos de leis e sua
aplicação é uma vergonha, um incentivo aos marginais. Segurança publica virou
insegurança, educação escolar deixa a desejar, enquanto que a educação familiar
virou uma piada, onde limites não são impostos aos filhos, muito menos
responsabilidade, isso em grande parcela das famílias, seja rica ou pobre.
Saúde, então, as pessoas estão morrendo nos
Hospitais, nos Pronto Atendimento por falta de uma série de procedimentos
(UTIs, leitos, medicamentos, médicos, higiene, etc.) Nas rodovias federais as
mortes são uma constante há décadas e ninguém é responsabilizado e muito menos
medidas reparadoras são tomadas. Faltam mais escolas, creches, professores, moradias,
postos de trabalho, saneamento básico, infra-estrutura e assim por diante. Falta
respeito e dignidade para conosco, principalmente por parte dos políticos. O
Brasil é uma máquina perfeita de arrecadação de impostos, no entanto o retorno,
em forma de benefício, é o mínimo possível. Acorda Brasil!
ORLANDO SABKA
E-mail:
osabka@terra.com.br