Do blog de Augusto Nunes
"Os livro mais interessante estão emprestado"
A menção a leituras informa que a frase reproduzida no título do post
não foi pinçada de alguma discurseira de Lula. Mas os autores do livro
didático “Por uma vida melhor” decerto se inspiraram na oratória
indigente do Exterminador do Plural para a escolha de exemplos que
ajudem a ensinar aos alunos do curso fundamental que o s no fim das
palavras é tão dispensável quanto um apêndice supurado.
Escrever errado está certo e é correto falar errado, sustenta a obra
aprovada pelo MEC.
A lição que convida ao extermínio da sinuosa consoante é um dos muitos
momentos cafajestes dessa abjeção impressa que louva “a norma popular
da língua portuguesa”. Não é preciso aplicar a norma culta a
concordâncias, aprendem os estudantes, porque “o fato de haver a
palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”.
Assim, continuam os exemplos, merece 10 em redação quem escrever “Nós
pega o peixe”.
E só podem espantar-se com um medonho “Os menino pega o peixe” os
elitistas incorrigíveis. “Muita gente diz o que se deve e o que não se
deve falar e escrever tomando as regras estabelecidas para norma culta
como padrão de correção de todas as formas linguísticas”, lamenta um
trecho da obra. Por isso, o estudante que fala errado com bastante
fluência “corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.
A isso foram reduzidos pelo país de Lula e Dilma os professores que
efetivamente educam: não passam de “preconceituosos linguísticos”.
“Não queremos ensinar errado, mas deixar claro que cada linguagem é
adequada para uma situação”, alega Heloísa Ramos, uma das autoras da
afronta. Em nota oficial, o MEC assumiu sem rubores a condição de
cúmplice. “O papel da escola”, avisam os acólitos de Fernando Haddad,
” não é só o de ensinar a forma culta da língua, mas também o de
combater o preconceito contra os alunos que falam linguagem popular”.
A professora Heloísa sentiu-se ofendida com a perplexidade provocada
pelo assassinato a sangue frio da gramática, da ortografia e da
lucidez. “Não há irresponsabilidade de nossa parte”, garantiu.
Há muito mais que isso. O que houve foi um crime hediondo contra a
educação, consumado com requintes de cinismo e arrogância. O Brasil
vem afundando há oito anos num oceano de estupidez. Mas é a primeira
vez que o governo se atreve a usar uma obra supostamente didática para
difundi-la.
Poucas manifestações de elitismo são tão perversas quanto conceder aos
brasileiros desvalidos o direito de nada aprender até a morte. As
lições de idiotia chanceladas pelo MEC prorrogaram o prazo de validade
do título: a celebração da ignorância é um insulto aos pobres que
estudam.
A Era da Mediocridade já foi longe demais.
"Os livro mais interessante estão emprestado"
A menção a leituras informa que a frase reproduzida no título do post
não foi pinçada de alguma discurseira de Lula. Mas os autores do livro
didático “Por uma vida melhor” decerto se inspiraram na oratória
indigente do Exterminador do Plural para a escolha de exemplos que
ajudem a ensinar aos alunos do curso fundamental que o s no fim das
palavras é tão dispensável quanto um apêndice supurado.
Escrever errado está certo e é correto falar errado, sustenta a obra
aprovada pelo MEC.
A lição que convida ao extermínio da sinuosa consoante é um dos muitos
momentos cafajestes dessa abjeção impressa que louva “a norma popular
da língua portuguesa”. Não é preciso aplicar a norma culta a
concordâncias, aprendem os estudantes, porque “o fato de haver a
palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”.
Assim, continuam os exemplos, merece 10 em redação quem escrever “Nós
pega o peixe”.
E só podem espantar-se com um medonho “Os menino pega o peixe” os
elitistas incorrigíveis. “Muita gente diz o que se deve e o que não se
deve falar e escrever tomando as regras estabelecidas para norma culta
como padrão de correção de todas as formas linguísticas”, lamenta um
trecho da obra. Por isso, o estudante que fala errado com bastante
fluência “corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.
A isso foram reduzidos pelo país de Lula e Dilma os professores que
efetivamente educam: não passam de “preconceituosos linguísticos”.
“Não queremos ensinar errado, mas deixar claro que cada linguagem é
adequada para uma situação”, alega Heloísa Ramos, uma das autoras da
afronta. Em nota oficial, o MEC assumiu sem rubores a condição de
cúmplice. “O papel da escola”, avisam os acólitos de Fernando Haddad,
” não é só o de ensinar a forma culta da língua, mas também o de
combater o preconceito contra os alunos que falam linguagem popular”.
A professora Heloísa sentiu-se ofendida com a perplexidade provocada
pelo assassinato a sangue frio da gramática, da ortografia e da
lucidez. “Não há irresponsabilidade de nossa parte”, garantiu.
Há muito mais que isso. O que houve foi um crime hediondo contra a
educação, consumado com requintes de cinismo e arrogância. O Brasil
vem afundando há oito anos num oceano de estupidez. Mas é a primeira
vez que o governo se atreve a usar uma obra supostamente didática para
difundi-la.
Poucas manifestações de elitismo são tão perversas quanto conceder aos
brasileiros desvalidos o direito de nada aprender até a morte. As
lições de idiotia chanceladas pelo MEC prorrogaram o prazo de validade
do título: a celebração da ignorância é um insulto aos pobres que
estudam.
A Era da Mediocridade já foi longe demais.
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