segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Natal e Ano Novo, novas esperanças

Com este belíssimo artigo de meu amigo, o escritor Orlando Sabka@ quero aproveitar e desejar a TODOS um Feliz Ano Novo, um ano mais justo onde não falte o pão, o respeito e a dignidade a cada um de nós!

Beatriz Antonieta Lopes


Natal e Ano Novo, novas esperanças

Ainda bem que a esperança é a última que morre, diz um ditado popular. Todos os anos, por ocasião das comemorações de Natal e Ano Novo, centenas de milhões de pessoas renovam suas esperanças e fazem seus pedidos, desde o mais remediado, aquele esquecido pela “sorte”, o que vive à margem do desenvolvimento e da sociedade, ao mais abastado dos mortais.

            Não resta dúvida que o Natal, para os cristãos, é o mais importante evento do ano, quando se comemora o nascimento de Jesus Cristo, Salvador, e cada um, à sua maneira, se desdobra em doar algum tipo de alimento, roupas e brinquedos para as pessoas pobres, famintas e miseráveis, que proliferam pelos quatro cantos do planeta e aqui no Brasil, não se foge à regra, em face da generosidade de nossa gente.

Mas por que essa generosidade principalmente nesse período? Será que o pobre, o remediado, se alimenta apenas uma vez ao ano? Cadê programas oficiais de assistência em tempo integral, que proporcione dignidade ao ser humano? Em nível de Governo, o que se ouve, desde há longa data, é apenas retórica e nada mais, com maravilhosas exceções de diversas pessoas e entidades particulares, religiosas, clubes de serviço e filantrópicos, que se desdobram em ajudar o próximo ao longo dos anos e, mesmo enfrentando dificuldades, fazem sua parte com carinho e determinação, proporcionando dignidade e valorização humana. Um belo exemplo a ser seguido, principalmente por aquelas pessoas que detém o poder e tem a obrigação de amparar o cidadão comum, aquele que vive excluído da sociedade, esquecido pelos cantos da vida, apenas lembrado em época de eleição e somente até o momento de dar seu voto, muitas vezes trocado por um pouco de alimento, algumas telhas, tijolos, areia e cimento, tão comum em eleições passadas e hoje, pelo que se ouve falar pelas esquinas, por uns trocados. Falta conscientização.

No planeta, mais de 500 milhões de seres humanos vivem abaixo da linha de pobreza e, o que é mais triste ainda, cinco milhões de crianças morrem de fome anualmente. Aqui no Brasil os números não são nada animadores. É mais de 25 milhões de crianças e adolescentes, isso sem contar os adultos, que podem chegar também a esses números estratosféricos, sem nenhuma perspectiva de vida digna, pois passam fome e privações em meio à fartura. Esperar o que dessa gente, caso a situação não mudar para melhor? Com certeza mais crianças e adolescentes vivendo nas ruas, abandonadas à própria sorte, a mercê de traficantes, cheirando e consumindo drogas, se prostituindo, praticando furtos, assaltos e assassinatos. Essa é a realidade das ruas, extremamente cruel, onde não existe uma mão amiga que os possa orientar e amparar, muito menos programas oficiais de ajuda. Existem alguns programas de ajuda particular, mas são pouquíssimos. Podemos imaginar o destino final dessas pessoas que nunca tiveram uma oportunidade decente na vida. Construir mais prisões não é a solução e somente preces e cruzar os braços também não resolve o problema. É necessário agir, tomar atitude firme e duradoura com fé e, com inspiração Divina, os problemas poderão ser resolvidos de modo satisfatório. Aí sim, os pedidos de Natal e Ano Novo terão um significado maior, as esperanças renovadas, na certeza de serem realizados.

O quadro é alarmante e tende a se agravar ainda mais, em face da enorme concentração de renda em mãos de uns poucos e da globalização, em que poderosas companhias transnacionais, banqueiros e da agiotagem financeira internacional levam absoluta vantagem, nos mais diversos setores da economia mundial, numa desenfreada acumulação de riquezas, jamais vista no mundo dos negócios, onde ganância e rolo compressor são parceiros no dia-a-dia, fazendo com que o abismo entre ricos e pobres se torne cada vez maior. Países caem de joelhos exauridos (Grécia, Espanha, Portugal e diversos países africanos são exemplo atual), aumentando a legião de desempregados, de famintos, desagregando famílias, gerando incertezas, ranger de dentes, ódios e miséria humana, em proporções gigantescas. É o Apocalipse acontecendo aqui e agora, a nível mundial e, ao que parece, ninguém se da conta disso, sempre com pressa em gerir uma avalanche de compromissos que nunca acaba e não dispõe de tempo para observar que o mundo está desabando ao seu redor ou, na melhor das hipóteses, que não o possa atingir. Somente dá-se conta quando já é tarde demais.

Reverter o quadro de pobreza absoluta é um desafio enorme, mas, para que isso realmente possa acontecer, é necessário que os governos, espalhados pelo planeta, invistam maciçamente em programas específicos, que vão desde a ação social à participação das rendas auferidas no país. Alavancar a indústria, agricultura e comércio com dezenas de milhões de postos de trabalho façam parte desses programas, como também construção de moradias, saneamento básico, saúde e educação. É um longo caminho a ser percorrido, mas necessário. No entanto, o maior entrave que se observa, é a falta de vontade política desses governantes, geralmente acomodados, usufruindo das benesses que o poder oferece. Ao que parece, ficam deslumbrados e facilmente se esquecem das populações que os elegeram. Os reclames das massas jamais se adentram em seus suntuosos palácios, onde a vida corre maravilhosamente bem, com gastos mirabolantes, enquanto que o povo humilde e sofrido deseja e pede, principalmente, em época de Natal, apenas comida, nada mais que comida, na esperança de seus pedidos serem atendidos. Entra ano e sai ano e tudo continua como antes, talvez até um pouco pior, mas o povo tem fé e esperança de que vai mudar e nessa longa e triste jornada muitos ficam pelo caminho precocemente, pelo fato de não terem sequer um prato de comida e o medicamento necessário. Isso é triste, muito triste, mas é a realidade incontestável, em pleno século 21, enquanto que se gastam centenas de bilhões de dólares em programas espaciais, em armamentos e outros projetos mirabolantes, anualmente, no mundo, centenas de milhares de seres humanos morrem de fome e por doenças, isso sem contar as constantes guerras, onde preciosas vidas são ceifadas diariamente.

Parece até criancice, mas muitas vezes chegamos a pensar que Deus poderia vir até nós com um bastão de beisebol na mão e baixar no lombo de muita gente para que a as coisas se encaixem de uma vez por todas, mas por outro lado, lembramos que Ele nos concedeu o dom do livre arbítrio, de modo que ganância, poder e dominação são uma constante. Haja paciência!

Que este seja um bom Natal, que haja de fato consciência natalina e que o Espírito do Natal contagie toda a humanidade, fazendo com que os corações empedrados sejam somente corações e que todos possam pensar e agir com o coração e mente aberta. Somente assim poderemos viver em um mundo verdadeiramente humano, em paz, onde o estender de mãos poderá ser uma constante e a vida valorizada em sua plenitude. Que o Senhor Deus possa derramar suas bênçãos, de modo abundante, sob a face da Terra. Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

ORLANDO SABKA
                                                           E-mail: osabka@terra.com.br           

Rondonópolis/MT, Natal de 2012.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mato Grosso: Estado incinerou 55 toneladas de medicamentos


Estado incinerou 55 toneladas de medicamentos vencidos, aponta TCE

Relatório do conselheiro Luiz Henrique Lima aponta a má gestão durante administração de Pedro Henry e Vander Fernandes à frente da Secretaria de Estado de Saúde, um dos motivos de reprovação das contas e pedido de afastamento do atual secretário

ALIANA CAMARGO
Entre as 52 irregularidades apontadas pelo relator Luiz Henrique Lima do Tribunal de Contas do Estado (TCE) a incineração de 55 toneladas de medicamentos e insumos vencidos demonstra, segundo o relator, a má gestão de Pedro Henry e Vander Fernandes à frente da Secretaria de Estado de Sáude de Mato Grosso. O parecer do relator foi por ato de improbidade administrada nas duas gestões.As 55 toneladas de medicamentos se referem a gestão de 2011, quando Henry ficou a frente da SES pelo período de 1 de janeiro a 15 novembro, sendo substituído pelo secretário-adjunto Vander Fernandes, que atualmente responde pela pasta. Ambos foram multados em R$ 53.440,00 e R$ 36.232,22, respectivamente. O relator conselheiro substituto Luiz Henrique Lima observou ainda, que a Central de Abastecimento de Insumos, administrada pela Organização Social de Saúde Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas), não está prevista por decreto e nem por lei. A recomendação é que o Estado regularize a situação.
Marcos Negrini/Secom-MT
Centro de distribuição de medicamentos do Estado; 55 toneladas de remédios vencidos incinerados
Hipernotícias acompanha durante meses a falta de vários medicamentos na Farmácia de Alto Custo do Estado, um contrassenso apontado pelo relatório do conselheiro Luiz Henrique Lima, já que os medicamentos descartados poderiam ser utilizados pela população.O relatório do conselheiro, contendo 200 páginas, concluiu também que o Estado não disponibilizou nenhum valor para ações de prevenção da dengue para o ano de 2011, à cidades do interior de Mato Grosso. Apenas algumas ações pontuais foram realizadas com recurso da União.Pela falta de ações de prevenção e políticas de combate à dengue no ano anterior, o Estado se tornou o primeiro no país em número de notificações em 2012. Somente pelo período de 1º de janeiro a 14 de novembro de 2012 os casos notificados foram de 40.041. O relator conselheiro substituto Luiz Henrique Lima orientou que seu relatório seja enviado para o governador Silval Barbosa, para a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência da Assembléia Legislativa e para o Ministério Público para adoção de medidas cabíveis.Além das multas aplicadas a Pedro Henry e Vander Fernandes, servidores da SES também foram condenados a pagar multa, são eles: secretário Adjunto Executivo à época, Edson Paulino de Oliveira, multado em 51 UPFs (corresponde a R$ 2.725,44); Cibele Makiyama Martins, multada em 11 UPFs (R$ 587,84); e Daude Jaber Abdala em 11 UPFs(R$ 587,84). OUTRO LADOSegundo a Secretaria de Estado de Saúde, o secretário Vander Fernandes vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas do Estado. Veja a falta de medicamento na SES no início deste ano:Faltam 30 medicamentos na Farmácia de alto custo de Mato Grosso

http://www.jornalodiario.com.br/TNX/conteudo.php?sid=179&cid=19902